A jewish wedding day
Este domingo, como partilhei aqui no blog e no Facebook, foi dia de casamento. Não um casamento tradicional, de igreja, como é habitual. Não… foi um casamento judeu. A minha prima apaixonou-se por um rapaz judeu e, sem darem conta, oito anos passaram. E então, domingo foi o dia que oficializaram o seu amor perante família e amigos naquela que foi, claro, uma cerimónia completamente diferente daquelas que já tinha assistido.
Para se poder casar com o seu mais-que-tudo, a minha prima converteu-se ao judaísmo e, por isso, toda a cerimónia foi dentro dos moldes da religião. No entanto, e se pensam que pode ter sido algo aborrecido ou conservador, não podiam estar mais enganados.
A cerimónia decorreu no Hotel Palácio do Estoril e, como não podia deixar de ser, era tudo do bom e do melhor, com muito requinte e bom gosto. O casamento, em si, decorreu ao ar livre, com o rabino, vindo diretamente de Londres, a fazer uma cerimónia divertida, com inclusive algumas piadas. Ao contrário do que acontece nos casamentos ditos tradicionais, aqui o “padre” conhece os noivos e, por isso, torna-se algo mais pessoal porque chega a falar abertamente sobre as duas pessoas que ali estão a jurar votos de amor eterno.
Começou logo por aí, pelo facto de o rabino conhecer os noivos e relacionar-se com eles quase como que um amigo. Ia explicando, passo a passo, o que ia ser feito a seguir e o que significava cada um dos passos e orações que faziam. O casamento, em si, durou menos de uma hora e parece que passou a correr, porque estávamos todos muito curiosos por ser algo diferente daquilo que conhecemos. Já tínhamos percebido, então, que se podia seguir uma festa divertida, mas a certeza deu-se quando, ao terminar a cerimónia, os noivos saíram do altar e tivemos de lhes atirar doces (que simboliza que estamos a querer “doçura” para a sua vida em comum), enquanto eles dançavam super animados aos saltos ao som de uma música tradicional jucaica.
E, quando os noivos estão assim tão descontraídos, tão entusiasmados e felizes, a boa onda está instalada. Comes e bebes à parte, assim que os noivos terminaram as típicas sessões fotográficas dos casamentos, fomos introduzidos ao salão onde ia decorrer o jantar. Mas acham que, até sermos servidos, estivemos sentados à conversa? Qual quê… foi quase uma hora de música judaica tradicional (mesmo tipo folclore) onde os noivos andaram aos pulos e dançaram até perderem as forças com família e amigos à mistura. Imaginem só: um salão cheio de pessoas todas pipis a dançar como se não houvesse amanhã durante uma hora!!! A energia parecia não acabar por aqueles lados, sendo o noivo, sem dúvida, o mais enérgico e o mais animado de todos.
Tenho mesmo de referir que foi uma cerimónia brilhante, onde se viu muito amor, carinho e cumplicidade entre os noivos. Mas, acima de tudo, aquilo que mais me marcou foi a união e companheirismo da família judia, sobretudo. Super bem dispostos, sempre animados e a dançar, com discursos realmente tocantes sobre como se tinham, agora, tornado todos uma grande família. Sem dúvida, uma religião onde há muita união, amizade e dedicação.
Enfim, foi um dia super intenso mas, inquestionavelmente, inesquecível.
P.S: E sim, os homens tiveram todos de colocar aquele ‘chapelinho’ (quipá) para o casamento em si, e foi realmente engraçado ver o meu pai, irmão, tios e primos com aquilo na cabeça.
Os arranjos nas mesas |
À esquerda o pregado com molho de mostarda e, à direita, uma das sobremesas (que eu não gosto, só tirei fotografia porque achei bonitinha) |
Etiquetas: personal
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial